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Trump bane TikTok e WeChat nos Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite desta quinta-feira (6) uma ordem executiva que oficializa o banimento de dois serviços originários da China: a rede social TikTok e o mensageiro WeChat.
Segundo o documento, ambos são perigosos por ameaçarem "a segurança nacional, política estrangeira e a economia dos Estados Unidos".
A Casa Branca deu um prazo de 45 dias para que os dois aplicativos sejam negociados pelas desenvolvedoras originais. Após o prazo, que termina em 20 de setembro qualquer transação com a ByteDance — que é a desenvolvedora do TikTok — ou a Tencent — responsável pelo WeChat — estão proibidas em território norte-americano.
Há algumas semanas, Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, já havia sugerido que os aplicativos chineses poderiam ser banidos no país. É possível que a ordem seja questionada judicialmente pela oposição ou pelas próprias empresas envolvidas. Além disso o documento não detalha que tipo de operação será proibida.
Entenda as ordens
O TikTok foi o maior alvo de Trump nos últimos dias, acusado de extrair dados de conexão e navegação dos usuários e enviando essas informações ao Partido Comunista da China, que teria acesso a informações até de funcionários do governo e terceirizados. Isso poderia ser usado não apenas para espionagem, mas por crimes como fraude e chantagem. A plataforma também foi criticada por censurar conteúdos com base em solicitações das autoridades locais.
No caso do WeChat, as críticas são similares, mas envolvem também a vigilância de cidadãos chineses que visitam ou moram nos Estados Unidos. A plataforma da Tencent é primeiramente um mensageiro, mas possui inúmeras outras funções, incluindo um sistema de pagamentos.
E agora?
A possível proibição do TikTok já era esperada e, nos últimos dias, a Microsoft oficialmente iniciou negociações para adquirir a rede social — seja nas operações norte-americanas ou até no controle de todos os serviços globais.
Judicialmente, a situação envolvendo a Tencent é ainda mais complicada. Afinal, a gigante chinesa possui investimentos em ações em diversas companhias de origem norte-americana em indústrias como cinema, música e games — mas, de acordo com o texto oficial, só os negócios envolvendo o WeChat seriam afetados.
Fonte: TecMundo